Basta!
Cansei de você. Você que torna tudo tão difícil.
Eu nem sei se quero continuar a ser quem sou. Às vezes entro em caminhos que me conduzem a lugares mórbidos, lugares frios que pesam meus pensamentos.
Já era, me contamino. Caio... e meus pés se prendem à terra como raízes de árvores centenárias, trazendo todo o peso das gerações que passaram por debaixo de seus galhos. Trazendo toda a impureza. Eu exalo isso.
Parece que algo me persegue e não consigo me desvincular. É como ser escrava de si mesma e não conseguir alforria. É como se a alma batalhasse pelo corpo e o corpo, que é fugaz, fugisse da verdade. Corpo burro, abre teu tato inútil!
A verdade é que sinto, desejo, amo, odeio, brigo, faço e quero de volta. Não me sacio com pouco. Tenho a fome de um leão faminto, ou de uma criança de verme na barriga e pé no chão. Dessas bem fraquinhas.
Sou gente, será que você não vê ?
É no mínimo melancólico andar em linha reta... mas enquanto caminho memorizo e me faço crer : só eu me basto, só eu me basto... só eu...
BASTA!